Treinamento

3ª Divisão de Exército utiliza jogos de guerra para treinar militares 

Thays Ceretta

"Para fazer a simulação real de uma guerra, seria necessário que pelo menos 12 mil homens fossem para um terreno". Pensando em diminuir os gastos com as manobras de um treinamento real e otimizar o tempo, é que a 3ª Divisão de Exército de Santa Maria está preparando os Estados-Maiores da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, localizada em Bagé, e da 6ª Brigada de Infantaria Blindada, sediada em Santa Maria, e as organizações militares subordinadas. 

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No total, 196 homens participam do treinamento que utiliza um software que foi comprado pelo Exército Brasileiro e instalado no Centro de Instrução de Santa Maria (Cism). Depois, todo o aprendizado será repassado à tropa. ¿A Operação Retomada¿ é um exercício de simulação de guerra (jogo de guerra) online.

Foto: Lucas Amorelli / New Co DSM

– Podemos comparar a simulação de guerra com uma partida de futebol, onde os jogadores fazem parte de um time e são divididos cada um para um lado do campo. No treinamento, que começou segunda-feira e termina nesta quinta-feira, os militares foram divididos em dois partidos, o vermelho e o azul. Os representantes da 3ª Brigada (azul) estão atacando o inimigo, os da 6ª Brigada (vermelho). Cada partido realiza manobras e tenta executá-las dentro da doutrina de guerra do Brasil – explica o coronel Paulo Sérgio Dias Alves, chefe do Estado-Maior da 3ª DE.

A direção do exercício (Direx) é como que se fosse o juiz da partida de futebol, é quem tem o conhecimento das duas partes e coordena as manobras para o andamento das atividades.

– A nossa intenção aqui é colocar em prática, num jogo simulado, o que realmente aconteceria em uma guerra, em um conflito armado. Só que se a gente fosse fazer isso em um terreno, utilizando os nossos homens, nossos equipamentos, materiais e nossas viaturas, fica um exercício muito caro, então através desta atividade, em ambiente simulado, gasta-se muito pouco e o resultado é muito bom, a gente alcança um certo nível de excelência – destaca o coronel Mártin Schimitt, oficial de operações da 3ª Divisão de Exército.

Foto: Lucas Amorelli / New Co DSM

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A tela do computador mostra o terreno, o local onde ocorre o conflito virtual. No jogo, é como se os militares estivessem em um conflito na cidade de São Gabriel. As tropas ainda passarão pelo município de Rosário do Sul e, na tarde de quinta-feira, vão chegar em Alegrete, na terra do inimigo, para buscar atingir o objetivo. Tudo isso, por meio da simulação de ações.

Os Jogos de Guerra

O termo "Jogo de Guerra" refere-se a um exercício tático realizado no contexto de um Exercício de Posto de Comando, no qual são empregados meios computacionais para a apresentação digital do cenário e para a simulação de operações continuadas de combate, apoio ao combate e apoio logístico. O objetivo é obter o realismo dos resultados das integrações quanto ao consumo de suprimentos, de tempo e as perdas em pessoal e material.

A atividade utiliza, em suas ações, o Sistema COMBATER, um sistema de simulação construtiva desenvolvido para recriar ações de combate, apoio ao combate e de não guerra, que permitam a adaptação do sistema de acordo com a doutrina militar do Exército Brasileiro.

O Sistema trabalha com o processo de integração terreno – condições meteorológicas – inimigo e fornece a trafegabilidade de blindados sobre lagartas, sobre rodas e das demais viaturas empregadas.

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